terça-feira, 17 de novembro de 2015

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Em 1891, Ellen White estava preocupada com a falta de trabalho adventista entre os negros norte-americanos. Em 21 de março, ela apresentou um “testemu­nho” sobre o assunto para os delegados da Assembleia da Associação Geral. Ela pediu, de maneira especial, por uma obra mais intensiva entre os negros do Sul. Seu apelo logo foi impresso em um livreto de dezesseis páginas.
Ela disse aos delegados: “O Senhor nos deu luz a respeito de tais questões. Há princípios em Sua Palavra que devem nos orientar ao lidarmos com estas questões que causam perplexidade. O Senhor Jesus veio ao mundo para salvar homens e mulheres de todas as nacionalidades. Ele morreu tanto pelos negros quanto pelos brancos. […] O mesmo preço foi pago pela salvação do homem negro e do homem branco, e o menosprezo lançado sobre os negros por muitos dos que alegam ser redimidos pelo sangue do Cordeiro […] representa mal a Jesus, revelando egoís­mo, tradição e preconceito que poluem a alma. […] Que nenhum dos que levam o nome de Cristo sejam covardes em Sua causa. Em nome de Cristo, permaneçam firmes como quem olha para os portais abertos da cidade de Deus” (SW, p. 9-18).
A despeito de seu apelo para uma forte expansão das missões adventistas aos negros do Sul, nada aconteceu até 1893. Nesse ano, James Edson White “desco­briu” o documento. Edson, seu filho vivo mais velho, passara por uma experiência recente de conversão aos 40 e poucos anos. Tomado por zelo, sentiu a convicção de que deveria levar a mensagem adventista aos ex-escravos do extremo Sul.
Inspirado, ao que tudo indica, pelo navio Pitcairn, o criativo Edson logo se aliou a Will Palmer (outro recém-convertido com um passado dúbio) para construir um “barco missionário” e escrever um dos capítulos mais empolgantes das missões adventistas nos Estados Unidos.
Os dois missionários improváveis construíram a embarcação Morning Star [Estrela da Manhã] em Allegan, Michigan, em 1894, gastando 3.700 dólares. A embarcação serviria de casa para a equipe de obreiros. Além disso, tinha espa­ço para uma capela, biblioteca, impressora, cozinha e laboratório fotográfico. Em suma, tratava-se de um entreposto missionário sobre as águas.
O fato de Deus ter conseguido usar Edson e Will me surpreende. Esse é um aspecto de Sua graça. Além disso, traz um raio de esperança para aqueles cujos filhos ainda não encontraram o Caminho.

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